Patrulha Maria da Penha segue firme no combate à violência de gênero

 

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a Patrulha Maria da Penha permanece atuante, integrada com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, Tribunal de Justiça, Polícia Civil e Fundação Pará Paz.

 

9ee60a40 cc5c 428b 8ff7 ccca056488ecFotos: Rebeca Rocha - VC PM

 

Desde que foi criada, em dezembro de 2015, a Patrulha Maria da Penha já realizou mais de 10 mil atendimentos voltados a mulheres vítimas de violência doméstica que se encontram amparadas por medidas protetivas de urgência na Região Metropolitana de Belém. O trabalho dos policiais militares que atuam como linha de frente na Patrulha é cheio de desafios, mas nesses cinco anos muitas mulheres já conseguiram vencer a violência de gênero com o apoio do programa.

 

0de2d871 5243 4b53 818e bcdd5b451c96dvbAs instalações da Patrulha Maria da Penha ficam localizada na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, na Travessa Mauriti. (Fotos: Rebeca Rocha - VC PM)

A Patrulha é um programa desenvolvido pela Companhia Independente Especial de Polícia Assistencial (Ciepas), da Polícia Militar, que acompanha periodicamente a rotina de mulheres incluídas no plano de visitações para verificar se a medidas protetiva estão sendo respeitadas pelo agressor. “Durante a audiência, o juiz oferece a essa mulher o benefício da assistência da Polícia Militar, por meio da Patrulha Maria da Penha, e através de visitas periódicas, ligação de urgência por telefone funcional exclusivo e acesso ao aplicativo SOS Maria da Penha, desenvolvido pela PMPA, ela passa a ter uma rede de cobertura e amparo em caso de descumprimento da medida protetiva por parte do agressor”, o ex-comandante da Ciepas, major Antônio Maurício Silva, que esteve à frente da Companhia por um ano e três meses.


De 2015 até hoje a Patrulha registrou alguns casos de reincidência, mas em nenhum deles houve registro de morte da vítima, que devido à assistência do policiamento especializado passa a ter menos problemas com novas agressões ou ameaças. “Os homens sabem que a mulher está sendo acompanhada. O fato de ele saber que, a qualquer momento, ela vai ligar e uma viatura vai, de imediato, aparecer, é um fator que inibe muito a reincidência da violência doméstica”, explica o cabo Bruno Tadeu Costa, que atua na Patrulha Maria da Penha desde sua criação.

 

3df6f851 4253 4bd8 827f 19ca2ca3551cGuarnição da Patrulha Maria da Penha se prepara para mais um dia de missão (Fotos: Rebeca Rocha - VC PM)

 

Mas não é todo policial que tem perfil para atuar com esse tipo de ocorrência. A equipe é formada por policiais militares de ambos os gêneros - sempre com pelo menos uma mulher na equipe - que passam por uma capacitação sobre doutrina de atendimento a mulher vítima de violência. “É importante que o policial tenha capacidade de sustentar uma relação interpessoal com os envolvidos, principalmente com as mulheres assistidas pelo programa, sem comprometer a imparcialidade do atendimento. Também é fundamental ter compromisso com a erradicação da cultura de violência, ou seja realizando um policiamento humanizado, ouvindo as histórias e buscando dentro de um contexto próprio encontrar solução dentro da rede de proteção”, complementa o capitão Márcio Antônio Silva, subcoordenador da Patrulha.

d4e9c0ae ff7f 49de a573 887128d66328Aplicativo SOS Maria da Penha (Fotos: Rebeca Rocha - VC PM)

 

Um aliado fundamental nesse processo é o aplicativo SOS Maria da Penha, desenvolvido pelo Centro de Informática e Telecomunicaões da PM (Citel) como ferramenta capaz de auxiliar mulheres que estão sob medida protetiva. Com ele, em caso de descumprimento da decisão judicial, a mulher pode acionar a Patrulha Maria da Penha, em tempo real e com apenas um clique, enviando instantaneamente a localização da vítima e seu nome. A Patrulha vai até o endereço acionado e toma as providências necessárias. A vítima também pode cadastrar pessoas próximas a ela para receberem o alerta por e-mail.

O aplicativo foi lançado em março deste ano e seu uso está sendo reformulado para tornar o trabalho da Patrulha mais ágil e efetivo.

Futuro

A expectativa é conquistar a ampliação do projetos para municípios do interior do Estado, como Marabá, Altamira e Itaituba, onde policiais militares já receberam capacitação para atuarem nessa especialidade. Mas o major Maurício lembra que a preocupação da Patrulha Maria da Penha, para além dos números, precisa estar centrada na efetividade do trabalho desenvolvido. “As conquistas desde 2015 não são quantitativas e sim qualitativas. Nesses cinco anos testemunhamos a ressignificação de vidas com a liberdade de um ciclo de violência”, comenta o oficial.

 

dcc09a26 95ba 49f6 9169 ec56a33edd05Viatura recebida recentemente pela Ciepas e colocada à disposição da Patrulha Maria da Penha (Fotos: Rebeca Rocha - VC PM)

 

Promover o avanço da Patrulha Maria da Penha também é objetivo da coronel Keyla Rocha, que é comandante de Policiamento Ambiental e foi designada para representar a Polícia Militar do Pará na Câmara Técnica de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. “Além do crescimento do efetivo policial da Patrulha, que nós possamos ampliar o prédio da unidade para atender a um público maior”, explicou a oficial. De acordo com ela, a Câmara Técnica já está trabalhando para reforçar o apoio ao enfrentamento da violência contra a mulher em todo o país.

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