A Polícia Militar do Pará, por meio do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), desenvolve um serviço importante para preservar a flora e fauna amazônica, auxiliando na preservação da natureza e interceptando práticas ilegais contra o meio ambiente.
Um exemplo disso é o patrulhamento realizado no Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) Tabuleiro do Embaubal, um espaço de conservação da biodiversidade presente no Pará, sendo a maior área de desova das conhecidas como Tartarugas-da-Amazônia. O lugar está situado no município de Senador José Porfírio, no sudeste do estado, onde o CPA realiza o patrulhamento florestal para garantir a preservação do ambiente.
Na manhã do último domingo (24), durante o patrulhamento no REVIS, uma guarnição avistou um indivíduo em uma embarcação que, ao perceber a presença dos agentes, abandonou objetos e efetuou fuga.
Prontamente, a equipe realizou a busca dos materiais, através da qual encontraram um espinhel e duas unidades de malhadeiras, artigos utilizados para pesca, e seis espécimes de Tartarugas-da-Amazônia.
"O REVIS Taboleiro do Imbaubal é uma unidade de conservação estadual localizada no município de Senador José Porfiri, a qual é banhada pelo rio Xingu. Nesta unidade de conservação encontra-se os principais berçários, praias de reprodução das tartarugas da Amazônia, que entre o período de julho e de dezembro se deslocam de diferentes rios para fins de reprodução, ficando vulneráveis à ação criminosa de cidadãos que caçam e apanham seus ovos tanto para consumo próprio como para comercialização. Nesse sentido, o CPA, em parceria com o Ideoflor Bill, desenvolve ações preventivas de monitoramento e fiscalização com o objetivo de preservar as espécies de tartarugas da Amazônia e garantir seu ciclo reprodutivo", explica o Comandante do CPA, Coronel Orlandino.
Considerando o acontecido, a guarnição realizou o encaminhamentos dos objetos e dos animais para a base do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio) para o prosseguimento das medidas necessárias.
A espécie sofre risco de extinção e fatores como degradação do habitat natural, a caça, captura acidental na pesca e poluição marinha são fatores que potencializam a extinção das tartarugas-marinhas na natureza, e para mitigar essa situação as forças de segurança pública atuam com planejamento preventivo direcionado em parceria com outros órgãos de fiscalização.